A dois meses de Cláudia Pascoal e Isaura pisarem o palco da Eurovisão. As intérpretes de «O Jardim», música vencedora do Festival da Canção 2018, descrevem como uma «responsabilidade mas também um reconforto» «jogar em casa», como se diz na gíria futebolística.
«O que o Salvador e a Luísa [Sobral] conquistaram para nós é histórico. Mas isso deixou-nos uma garra, uma vontade de trabalhar. Assim que recebi o convite resolvi que ia dar o meu melhor. Não quero falhar a ninguém que votou», disse Isaura.
Cláudia Pascoal que, já enquanto participante da quinta edição do The Voice Portugal, em 2017, tinha ficado conhecida pela cor de cabelo camaleónica, ainda não sabe se vai manter o rosa para a final da Eurovisão, a 12 de maio. Mas lança um repto aos fãs portugueses:
«Adorava ver na Eurovisão uma plateia com perucas cor de rosa. Era inacreditável! Estou a lançar a dica (risos)», disse a cantora.
Lágrimas de dor e de alegria
«O Jardim», a música que representará Portugal em Maio na Eurovisão, no Altice Arena, conquistou 12 votos do público e 10 do júri regional. A canção fala sobre a perda de entes queridos, algo que Isaura, a compositora, diz ter sido uma ponte para o coração dos portugueses.
«Infelizmente todos já tivemos de nos despedir de alguém e acho que isso tocou no coração das pessoas», adiantou a compositora.
A ideia foi também corroborada por Cláudia Pascoal, cuja perda recente da avó serviu de inspiração para a interpretação em palco.
«Esta música é quase dolorosa porque é sobre saudade mas no fundo é reconfortante porque é reencontrarmos-nos com as pessoas que aqui não estão. As pessoas sentiram o mesmo que eu senti. O reencontro com a minha avó, com os meus amigos que já partiram… é uma saudade dolorosa mas reconfortante», afirmou a cantora.
